A respeitada jornalista Tereza Cruvinel, colunista do Brasil 247, escreveu (“Tacla Duran põe dois conselhos na berlinda: os silenciosos CNJ e CNMP”, Jornal Brasil 247, 30/11/2017): “O advogado Tacla Duran falou a uma CPI do Congresso Nacional. Tacla Duran apontou várias condutas irregulares de procuradores da Lava Jato, o que exige um posicionamento do Conselho Nacional do Ministério Público, órgão de supervisão e controle do MPF”.
Aos que só se informam pela imprensa chapa branca, esclareço que o advogado Rodrigo Tacla Durán, vivendo atualmente na Espanha, foi operador da Odebrecht na área das propinas. Os documentos que Durán apresentou à CPI foram auditados pelas autoridades espanholas. Em sua atuação profissional, conviveu com os membros do Ministério Público da Operação Lava Jato. Tem conhecimento próprio e não por ouvir dizer como o de muitos delatores.
Tacla Duran levantou a tampa do esgoto que cobria a Lava Jato.
Transcrevo do excelente artigo que Francisco Costa, publicado no Brasil Popular (brpopular.com.br) (Foi a pá de cal num defunto podre, fedorento, infecto):
“O advogado Zacolotto, amigo íntimo de Moro, padrinho de casamento de Moro e ex-sócio de Rosângela, mulher de Moro, entrou em contato com Tacla Durán, para negociar uma delação premiada.
Como é que seria a parada? Moro condenaria Durán a alguns anos de cadeia e citaria uma conta bancária no exterior, como de Durán.
Acontece que a conta citada seria fictícia. Moro pediria quinze milhões de ressarcimento, para os cofres públicos. Durán alegaria não ter essa conta e provaria, alegando não possuir esses 15 milhões. Moro então reduziria para 10 milhões, sendo 5 milhões para os cofres públicos, 5 milhões para Moro e Força Tarefa e 5 milhões para Durán, com redução drástica da pena e vistas grossas para outras contas de Durán, com dezenas de milhões de dólares”.
O artigo “O que Tacla Durán disse na CPMI que precisa ser aprofundado”, de Joaquim de Carvalho para o GGN O jornal de todos os Brasis, em 30/11/2017, detalha toda sordidez das delações premiadas, das ações do agente Moro e da equipe Lava Jato.
Mas há algo além da corrupção, do abuso da função pública, da iniquidade dos profissionais, pagos – excelentemente pagos, com dinheiro de nossos impostos – exatamente para reprimir o crime por eles cometidos: policiais, promotores e juízes. Há uma crueldade indesculpável que caracterizaria o desvio de caráter, a psicopatia.
Estaríamos diante de psicopatas a prejudicar tão gravemente a sociedade brasileira? Seriam os milhares de empregos eliminados pela ação da Lava Jato, o desmonte da engenharia brasileira, das competentes e vitoriosas empresas nacionais, um sádico prazer psicopata? Mais do que as ordens emanadas do exterior, cada vez mais evidentes e comprovadas, que cercam a Lava Jato e o golpe, para o qual deu fundamental contribuição, o resultado do deleite de tão execráveis personalidades?
Nenhuma sociedade não pode conviver com tais pessoas no Poder.
Competentemente Tereza Cruvinel pede a ação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Mas vou mais longe. É imperioso que o Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo de poder judiciário, no uso de suas atribuições de defensor dos direitos constitucionais, cancele todas as decisões da Lava Jato e transfira seus processos para corte não contaminada pela corrupção e por ações típicas de psicopatas.
A inércia, o encobrimento, a protelação doMinistério Público Federal (MPF) e do STF os farão cúmplices. É a mais premente e importante pauta para o mais rápido julgamento. O MPF tem a obrigação de instruí-la e o STF de julgá-la.
A literatura da psicologia, Ministra Rosa Weber, recomenda o afastamento das pessoas, com tal desvio de caráter ou transtorno de conduta, da sociedade, veja, por exemplo, a brasileira, autoridade neste assunto, doutora Ana Beatriz Barbosa Silva, ou a francesa, de renome internacional, doutora Marie-France Hirigoyen, ou, para não me alongar, a estadunidense, professora de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard, doutora Martha Stout, todas com obras editadas no Brasil.
Leio nas redes sociais, nesta sexta-feira, 1º de dezembro, que Tacla Durán teria participado de reuniões com Marlus Arns (dono de um cursinho em que lecionam muitos procuradores de Curitiba, além de Moro e que aparece em denúncias com Rosângela Moro, no caso daAPAE), Orlando Martelo, Julio Noronha, Carlos Fernando Santos Lima, Paulo Galvão e delegados da Polícia Federal - Marcia Adriano, Erika e outros. São nomes que já estiveram na imprensa em vários episódios desta que se revela “criminosa operação”.
Todo silêncio será cúmplice a a sociedade acabará por cobrar.
Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado
Comentários
Lembrando que comprovadamente as incursões da Odebrecht para fraudar licitações remontam aos anos 90 com a clara incursão de Collor e FHC.
As dezenas de diretores e presidentes após este período, Berusco, Costa, Bendine...foram nomeados após 2000 pelo grupo atual em loteamento político para gerenciar propinas
O Collor nomeado por Lula para BR distribuidora foi um dos responsáveis pela saída da Petrobras do ramo petroquímico na época que foi presidente!
Os esquemas já foram desmascarados, inclusive pelo Delúbio e o Palocci entre outros, por que continuar negando?
Afinal, a finalidade da AEPET é para defender a Petrobras, ou administrações políticas corruptas?