A postura crítica da AEPET sobre a atuação da nova diretoria da Petrobrás, explicitada no artigo de Felipe Coutinho “Petrobrás sob Lula: Nada de novo depois do 1º trimestre de 2023”, segue inalterada mesmo após o comunicado da Petrobrás sobre a mudança na política de preços da companhia, anunciada nessa terça-feira (17) e seguida do anúncio de redução dos valores cobrados pela gasolina, diesel e GLP.
Mas o fim da nefasta política do Preço Paritário de Importação (PPI) é notícia alvissareira e, menos de três horas após o anúncio da Petrobrás, a AEPET divulgou a “Nota sobre a substituição do PPI pela Petrobrás”, onde afirma que “a Associação tem criticado a política de Preços Paritários de Importação (PPI) desde 2017 e recebe com esperança a informação de que ela foi extinta pela atual direção da Petrobrás”.
Entretanto, após analisar mais profundamente os dados informados pela Petrobrás, Felipe Coutinho, notou que a redução no valor do diesel é algo falaciosa, pois seguiu nos mesmos patamares do PPI. No artigo "Prates Anuncia Fim do Preço Paritário de Importação (PPI), mas Ajusta Preço do Diesel ao PPI" ele prova a manobra
Com essa ressalva, esse primeiro e importante passo da Petrobrás na retomada de seu papel de indutora do desenvolvimento brasileiro e não apenas de mera distribuidora de dividendos, mostra que é possível fazer mais. Principalmente quanto à recuperação dos importantes e estratégicos ativos vendidos desde 2016.
Exemplo disso é saber qual o impacto da mudança anunciada pela Petrobrás nos preços praticados pelas refinarias vendidas na Bahia e no Amazonas. Continuará a população das áreas atendidas por elas sendo penalizada a pagar preços mais caros pelos combustíveis?
Por isso, como está escrito na Nota, “a AEPET prosseguirá acompanhando a gestão da Petrobrás, onde se inclui a relevante administração dos preços dos derivados, considerando sempre o interesse nacional brasileiro, o crescimento econômico e o desenvolvimento social da Nação, e a saúde tecnológica, operacional e financeira da Companhia e o tratamento do seu corpo de empregados”.
ENERGIZANDO
*Diretoria e CA afinados com nova visão estratégica viabilizam mudanças na Petrobrás e fim do PPI
**Grande ato nacional pela suspensão do equacionamento da Petros
https://fup.org.br/grande-ato-nacional-pela-suspensao-do-equacionamento-da-petros/
Comentários
Portanto, a quem será que o Felipe Coutinho quer enganar? Quer fingir que o PPI só serve para aumentar preços e esquecer que ele serve também para baixar? Çei ...
O fato do diesel continuar explicitamente ligado ao PPI é devido unicamente ao fato de, pelas características do óleo "blended" de entrada nas refinarias e pelas próprias refinarias, tudo está muito bem parametrizado para que, no resultado final, haja O MÁXIMO de valor agregado quando se junta (simplificando) a exportação de gasolina e a importação de diesel. Caso o diesel deixe de acompanhar os preços internacionais, esse combustível vai faltar quase que imediatamente OU a Petrobras precisará subsidiar as importações, pois os importadores tradicionais obviamente não o farão.
Novamente, Coutinho. Voce foi eleito para defender os interesses ds associados da AEPET, não os interesses do PT e de Lula. Eles são antagônicos!
Quanto ao seu posicionamento a favor sobre as "propostas" da aePeT, eu queria saber qual a sua opinião sobre as "propostas" da associação quando a quadrilha do PT assaltava a Petrobras