nele registra a substituição da atual política de preços praticada por suas refinarias.
A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) tem criticado a política de Preços Paritários de Importação (PPI) desde 2017 e recebe com esperança a informação de que ela foi extinta pela atual direção da Petrobrás.
Com relação à nova política, a direção da Petrobrás informa que “usa referências de mercado como: (a) o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e (b) o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dada às diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.” [1]
Pela descrição não é possível ter um juízo sobre a adequação da nova política de preços. Será necessário avaliar como as referências (custo alternativo do cliente e custo de oportunidade da Petrobrás) serão utilizadas para determinar os preços ao consumidor brasileiro.
Além dos novos preços praticados pelas refinarias da Petrobrás, outros dois indicadores que devem ser observados são os volumes importados pelos competidores da estatal e a ociosidade das suas refinarias.
A AEPET acredita que a Petrobrás pode praticar preços inferiores aos paritários de importação (PPI) e obter excelentes resultados empresariais, com a recuperação da sua participação no mercado brasileiro e a maior utilização da sua capacidade instalada de refino.
Somente a Petrobrás consegue suprir o mercado doméstico de derivados com preços abaixo do paritário de importação e, ainda assim, obter resultados compatíveis com a indústria internacional e sustentar elevados investimentos que contribuem para o desenvolvimento nacional.
A Petrobrás deve abastecer o mercado brasileiro aos menores custos possíveis e garantir sua sustentabilidade empresarial, ao assegurar que suas margens operacionais sejam compatíveis com a indústria internacional, com alta capacidade de investimento e resiliente à variação do preço do petróleo.
A AEPET prosseguirá acompanhando a gestão da Petrobrás, onde se inclui a relevante administração dos preços dos derivados, considerando sempre o interesse nacional brasileiro, o crescimento econômico e o desenvolvimento social da Nação, e a saúde tecnológica, operacional e financeira da Companhia e o tratamento do seu corpo de empregados.
Direção da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)
16 de maio de 2023
Referências
[1] Petrobras, “Petrobras sobre estratégia comercial de diesel e gasolina,” 2023.
Comentários
Me sinto honradamente protegido pelo raio de visão e interpretações da AEPET.
Por mais que seja importante rever periodicamente a política, ela só deveria ser substituída por outra com cálculo igualmente objetivo e transparente, não por um amontoado de cifras subjetivas que ninguém consegue calcular ou prever. A única coisa previsível é o alto risco de causar prejuízo aos acionistas, nacionais e estrangeiros.
Meu pai do céu! Até aqui nos comentários a sucursal do partidão já consegue roubar!
Quanto ao texto, nem comento. Qualquer jumento sabe que é pra roubar mais ainda, como já fizeram em outras épocas. Ou a lava-jato e o petrolão nem existiu? Olha... É muita jumentada torcendo pra afundar a Cia.! Te contar!!! E claro que o fato do faturamento da Cia. ter despencado já no 1º trimestre de 2023 deve ser coincidência, né? Só pode... Petralha vai culpar o "Bozo" até 2026, quando esperamos sumam da face da terra pra nunca mais voltar à política.
A RLAM foi entregue a preço de banana em uma negociação engraxada com propina milionária paga em joias ao Sr. ex-Presidente do governo passado. Venda que está sendo inclusive questionada pelo TCU e tem potencial de o ser também por investidores da PB que entendam ter havido perdas na venda por US$1,6 bilhões de um patrimônio avaliado em US$3,0 bilhões. Pode até, quem sabe, resultar na anulação da venda?!
Se for para comprar de volta, que seja por um valor próximo ao que foi vendida e não por valor próximo ao que ela vale. Senão, estaremos premiando o comprador com um lucro fabuloso em 6 meses.
E agora, com a decisão da diretoria da PB de abandonar o PPI, o grupo Mubadala vai ter que se virar com o consumidor baiano que vai pressionar por preços equivalentes aos que a PB vai praticar. Tomara que se lasquem e aceitem devolver a RLAM pelo mesmo valor pífio que a receberam.
Publicado em 16/05/2023