Na surdina, em pleno final de gestão, o governo antinacional de Bolsonaro continua fatiando e vendendo a Petrobrás. Na sexta-feira (30), a empresa divulgou comunicado ao mercado informando que iniciou a etapa de teaser (oportunidades) de venda de sua rede de fibra óptica onshore, que conta com uma extensão de 8 mil quilômetros.
Não satisfeito em entregar a Amazônia para o bilionário americano Elon Musk, Bolsonaro quer que os estrangeiros controlem também a Petrobras.
A rede de fibra óptica da estatal é estratégica e é composta por cabos enterrados, sendo que sua grande maioria tem capacidade de 36 fibras ópticas cada, acondicionados em tubos de polietileno de alta densidade PEAD (bi tubo) para maior proteção e versatilidade de manutenção. Elas estão distribuídas nacionalmente seguindo as faixas de gasodutos e oleodutos do Nordeste ao Sul, além de um trecho na região Norte. A intenção de Bolsonaro é que grupos estrangeiros controlem toda a rede de comunicações da empresa.
Segundo o professor Ildo Sauer, titular do Instituto de Energia da USP e ex-diretor da Petrobrás, “a venda da rede de fibras ópticas vai criar uma dependência permanente da Petrobrás, com custos permanentes, como os da rede de gasodutos, para operar suas redes e as comunicações internas da empresa entre suas instalações e escritórios”. “É mais um ataque contra sua integridade e eficiência econômica”, acrescenta o especialista.
Ildo Sauer comparou a venda dos cabos para empresas estrangeiras com a venda da rede de gasodutos construída pela Petrobrás durante o governo Lula. Ele diz que é como uma pessoa que vende a sua casa e passa a morar em sua própria casa, só que pagando aluguel. É exatamente isso o que ocorreu com a rede de gasodutos vendida. A Petrobras era a dona da rede e, agora, paga para empresas estrangeiras pelo uso de seus próprios gasodutos.
A consultoria Ernst & Young já foi contratada pela Petrobrás como assessor financeiro para conduzir a venda e explorar o potencial da transação, ficando responsável por eventuais comunicações, solicitações ou consultas de interessados.
No comunicado, o governo justifica a operação como parte do desmonte de tudo o que foi construído pelos brasileiros nas últimas décadas. Segundo a direção da empresa a decisão está de acordo “com o regime especial de desinvestimento de ativos”. Traduzindo, Bolsonaro está torrando todo o patrimônio da empresa. Já vendeu as refinarias, obrigando o Brasil a importar diesel e, agora, quer os estrangeiros controlando também as linhas de comunicação da empresa.
Comentários
Mesmo assim, ministro indicado por Bolsonaro não autorizou a suspensão das obras suspeitas Redação Brasil de Fato | São Paulo (SP) 10 /10/22
O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de fraudes em contratos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que somam mais de R$ 1 bilhão no governo de Jair Bolsonaro (PL). Auditoria do tribunal encontrou indícios da ação de um cartel de empreiteiras para manipular o resultado de licitações.
O relatório da área técnica do TCU recomendou a suspensão do início de novas obras ligadas às licitações sob suspeita. No entanto, a recomendação não foi seguida pelo ministro relator do caso, Jorge Oliveira. Ele foi indicado ao tribunal por Jair Bolsonaro, de quem é amigo.
De acordo com o levantamento, iniciado após reportagens do jornal Folha de S.Paulo,..
Saiba mais: Empreiteira que domina licitações no governo Bolsonaro tem suspeita de irregularidades; entenda
A auditoria do TCU encontrou uma redução drástica do desconto médio nas licitações entre 2019 e 2021, de 24,5% para 5,32%. Novamente, os indícios apontam para a Engefort: nas 50 licitações que venceu em 2021, a empresa deu em média um desconto de apenas 1%, muito abaixo do padrão.
Sob controle do Centrão
Não foi o primeiro caso de denúncias de corrupção associado à Codevasf.
A operação Odoacro da Polícia Federal apontou indícios de fraudes em licitações e desvio de verbas em obras da empresa. A ação levou ao afastamento de um gerente da Codevasf.
O Sr. tem provas disso ou é só mais uma fake news?
Fosse verdade que um reles ministro do TCU pode sumir com pretenso prejuízo de R$1 bilhão seria desconsiderar toda a sociedade, a mídia, os órgãos judiciários estaduais e federais. Isso de escamotear verdades óbvias tem sido prerrogativa de ministros petistas do STF, tão parciais quanto partidários quanto inconstitucionais.
Deixe de palhaçada e/ou junte-se ao Brasil de Fraude para denúncias e poupe-nos dessas bobagens.
Ou será que dívida de (corrigidos) R$700 bilhões, ação abaixo de R$5, roubos bilionários em Mensalão e Petrolão, contratação e pagamento de 28 plataformas para a Sete Brasil (FIP-Sondas) com entrega de apenas 4, refinarias Premium, Abreu e Lima e COMPERJ custando 5-10x mais que o inicialmente orçado associado, por exemplo, a rombos e sucessivos equacionamentos na PETROS, no FUNCEF, no Postalis, rombos em outras estatais, R$100 milhões ilegalmente descontados de contracheques de aposentados (Paulo Bernardo e Gleisi) é seu entendimento de sucesso?
“Os dados demonstram que a Petrobras sendo gerenciada de forma responsável contribui para o país e a sociedade brasileira, porque esse montante de lucro que circula internamente no país financia Saúde (SUS), Educação, Segurança, Investimentos em tecnologia e na sua própria manutenção e expansão para suprir o aumento de demanda, saneamento básico, segurança pública, todos os fins que o Estado deveria dar”.
O sistema de comunicação da Petrobras deveria dar estes esclarecimentos prioritariamente uma vez que existe atualmente uma total desinformação deliberada por parte de alguns governantes e desavisados por conta de interesses especulativos escusos.
Desta forma a queda do preço da gasolina por conta da redução do IPI quem perdeu foi o país como um todo e a sociedade e a nobre finalidade da criação da Petrobras é deturpada...
A atual distribuição desproporcional de dividendos contraria totalmente o interesse público da estatal e a nobre finalidade de sua criação que é de servir ao Brasil e aos brasileiros.
Desta forma considero procedente a ação popular com pedido de tutela de urgência solicita, liminarmente, que a distribuição de dividendos fique limitada ao mínimo legal de 25% do lucro líquido da empresa (conforme artigo nº 8 do estatuto da Petrobrás), “até a conclusão da verificação do impacto desta distribuição à saúde financeira da Petrobras e à viabilidade de outras formas de investimento conectadas ao interesse público”.
Para se manter estatais que não são do escopo do Estado (saúde, educação e segurança) que ela seja enxuta e exerça apenas a atividade fim. Ao querer abarcar o mundo com as mãos, acaba entrando em atividades estranhas a companhia e, fatalmente acabará inchando seu corpo de funcionários além do necessário e contratando muita gente apadrinhada como aconteceu sempre. Por isto é mister enxugar tais empresas de tais atividades
Estao esquartejando e enfraquecendo a empresa em um processo permanente de rapinagem para doa-la futuramente.