A Petrobrás anunciou lucro líquido de R$ 54,33 bilhões no segundo trimestre de 2022, valor 26,8% superior ao registrado em igual período de 2021. No primeiro trimestre de 2022, a estatal lucrou R$ 44,5 bilhões. A empresa atribuiu o aumento nos ganhos à alta do petróleo.
O lucro recorrente somou R$ 45,039 bilhões, avanço de 10,1% sobre o ano passado. O lucro antes de juros, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado foi de R$ 98,260 bilhões no segundo trimestre.
A estatal anunciou que pagará R$ 87,8 bilhões em dividendos aos acionistas em agosto e setembro. O valor será de R$ 6,732003 por ação preferencial e ordinária em circulação, sendo que a primeira parcela, no valor de R$ 3,366002, será paga em 31 de agosto, e a segunda, no valor de R$ 3,366001, será paga em 20 de setembro.
O pagamento de volume expressivo de dividendos pela Petrobras obedece a pedido feito pelo governo Bolsonaro para bancar os programas sociais turbinados às vésperas da eleição, impedindo assim que o Teto de Gastos seja desrespeitado. Especialistas veem na antecipação uma pedalada, semelhante à que motivou o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Como os estrangeiros detêm 44,73% do capital da Petrobras, levarão R$ 39,27 bilhões em dividendos. O governo (União e BNDES) ficam com R$ 32,14 bilhões.
Para o pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) Mahatma dos Santos a distribuição de R$ 87,8 bilhões em dividendos no segundo trimestre é fruto dos sucessivos aumentos de preços realizados pela Petrobrás. "Ademais, revela que a gestão da estatal tem sido direcionada para atender a um conjunto de interesses relacionados ao calendário eleitoral e não aos interesses da sociedade como um todo. As altas nos preços dos derivados turbinam os dividendos que serão repassados ao governo federal, mas reduzem os investimentos de longo prazo da companhia e impulsionam a inflação", avaliou.
Com informações do Monitor Mercantil e Petronotícias
Comentários
Medidas eleitorais adotadas pelo Planalto e pelo Congresso vão gerar um alto impacto no caixa da União, de estados e de municípios no ano que vem.
As medidas eleitorais adotadas pelo governo Bolsonaro e pelo Congresso neste ano vão tirar R$ 178,2 bilhões do caixa do Planalto em 2023. O valor sobe para R$ 281,4 bilhões com a redução do caixa dos governadores e dos prefeitos devido à desoneração permanente do ICMS dos combustíveis, energia, transporte e comunicações e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Se houve reajuste no salário dos servidores federais, o montante pode chegar a R$ 306,4 bilhões, de acordo com o jornal. A lista inclui um custo adicional de pelo menos R$ 60 bilhões para financiar em 2023 a permanência do piso de R$ 600 do benefício do Auxílio Brasil, medida que já foi antecipada por Lula e Bolsonaro, que lideram as pesquisas de intenção de voto...
Prefere Petrobras à beira da falência pagando Mensalão e Petrolão ao invés de dando lucro e sendo forte.
Prefere ação da empresa a quase R$5 ao invés de +R$30 e distribuindo dividendos.
Prefere empresa roubada por poucos que dando lucro e distribuído a muitos pobres e vítimas da pandemia e da guerra de hoje.
Deve também preferir equacionamentos sucessivos descontado em salários, aposentadorias e pensões que PETROS razoavelmente equilibrada até com pandemia e guerra.
E aí elege governo atual como vilão e indiretamente defende o antípoda que gerou tudo isso.
Pode isso, Arnaldo?
Eles não compraram as ações? Eles não têm direito?
Se o governo não tivesse vendido as ações para os "imperialistas", nada disso teria acontecido. O PT teve quase 16 anos para recomprar. Porque não o fez???
Infelizmente algumas pessoas possuem sérios problemas cognitivos e fingem não compreender que mercado de petróleo no Brasil foi aberto desde a lei n° 9.478, sancionada em 6/8/97 pelo então presidente FHC. De lá pra cá, mais de 60 empresas se instalaram no país e passaram a produzir aqui, muitas em parceria com a Petrobras.
Estamos por tabela evidenciando as gravíssimas consequências da dependência da eletricidade, gás e petróleo russo para a Europa e hemisfério Norte, e o Brasil que já foi auto suficiente poderia estar...
Deve ser mencionado ainda que, como grande parte das empresas privatizadas acabou em mãos estrangeiras, as privatizações nos legaram uma sangria das remessas de lucros para o exterior e acionistas, tratando-se de uma ameaça clara ao desenvolvimento nacional, nossa segurança energética e soberania.
Nesta gestão inexiste uma "Política Industrial Desenvolvimentista"
É impressionante a insensatez e a falta de critérios das escolhas e incapacidade pelo mandatário no comando das estatais que deveriam zelar pelos interesses do país e a população, mas tem levado para o caos para satisfazer suas ambições políticas e se portar exatamente como as sedentas concorrentes desejam.
Um exemplo simples é o Campo de Libra, primeiro CAMPO vendido por (des)governo. Antes disso só foram licitados BLOCOS para exploração, que podiam ter hidrocarbonetos ou não. O campo foi 60% vendido para a Shell (20%), Total (20%) e 2 chinesas (10% cada).
E por quanto foi vendido O ÓLEO do campo já descoberto? Por R$15 bilhões em reservas de 15 bilhões de barris. Resumo: R$1/barril.
O preço do barril hoje é US$103 (R$524), ou seja, O PT VENDEU 60% DO NOSSO ÓLEO PARA ESTRANGEIRAS LUCRAREM 52.400%, compreenderam?
E tem petista hoje que critica o Governo atual pelas exportações negociadas (negociatas) pelo PT.
Só um Leoni da vida para criticar isso, né?