"Política de preço de energia é política pública." Esta é a principal mensagem que o geólogo e ex-diretor de Exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, quer difundir para a população brasileira. Considerado o "pai do pré-sal", Estrella esteve nesta segunda-feira (16) na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) para um bate-papo sobre um dos assuntos que mais tem afetado os brasileiros nos últimos meses: a constante e impiedosa alta dos preços dos combustíveis.
Em uma entrevista/conversa de pouco mais de uma hora, que foi conduzida pelo engenheiro mecânico e diretor do Senge-PR, Ricardo Marrafão, Estrella resgatou a história de serviço público da Petrobras e a relação profunda da empresa com a soberania nacional. "A Petrobras é um produto do povo brasileiro", afirmou, ao relembrar os movimentos populares que culminaram na criação da estatal. O geólogo também observou que foram os recursos brasileiros, financeiros e humanos, que transformaram a Petrobras na grande empresa que ela é hoje: "em petróleo e energia, toda decisão é política".
Críticas
Estrella faz duras criticas a atual gestão da Petrobras e sua política de preços, atrelada ao preço do dólar. "A Petrobras já é uma empresa privada, porque a diferença entre público e privado é a forma como a empresa atua". O geólogo apontou que a empresa atualmente persegue os interesses dos acionistas, deixando a população brasileira de lado e à mercê de interesses alheios. "Eles internacionalizaram o preço de um produto no qual nós somos autossuficientes", criticou.
Para Estrella, o futuro da Petrobras e da soberania nacional será decidido em outubro. O geólogo vê duas opções para o país: "o Brasil soberano ou o Brasil colônia".
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Fonte: Senge-PR
Comentários
Não foi mera coincidência que no mesmo ano da criação em 2016 desta Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (ABICOM), coincidiu com a implantação e a manutenção da Política de Preços Internacionais (PPI) que além de contribuir para aumentar os preços no Brasil, forçando a subutilização das refinarias não as expandindo e mantem favorecimento ao lucro de acionistas, ela trata exclusivamente do interesse de seus associados em detrimento e em forma antagônica da Petrobras e da população e do país, Preço Justo e Competitivo (PJC) ~15% menor, que embora preserve a lucratividade e capacidade empresarial, o custo final inviabiliza totalmente o negócio de seus associados.
Estamos por tabela evidenciando as gravíssimas consequências da dependência da eletricidade, gás e petróleo russo para a Europa e hemisfério Norte, e o Brasil auto suficiente em ambos exceto fertilizantes entre outros minerais deveríamos estar confortáveis e servir de aprendizado para os governantes, e no entanto seguimos exportando todos commodities e entregando todo o patrimônio e estruturas de distribuição a preços subavaliados por conta de políticas predatórias, lembrando que o Brasil é líder na participação relativa das energias potencialmente renováveis entre os principais países do mundo, com 37% (Hidroelétrica 30%, Eólica e Solar 4%, outras 3%). Os fósseis representam 61%...
Economia é política. A Energia é o sangue da Economia. Quem controla a Energia controla o Mundo. O Preço da Energia é uma decisão política por influência dos Donos do Mundo para controlar e explorar a economia da humanidade em benefício próprio.
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