A Operação Lava Jato foi responsável pela perda de 4,4 milhões de empregos no país, principalmente nos setores de petróleo e gás e construção civil. O levantamento foi feito pelo Dieese, Subseção FUP, e apresentado no 1º de Maio.
A pesquisa revela que o corte de vagas gerado pela operação resultou na perda de R$ 172,2 bilhões de investimentos para o país. Por conta disso, o Produto Interno Bruto (PIB) deixou de crescer 3,6% entre 2014 e 2017; a economia perdeu R$ 85,8 bilhões somente em massa salarial; e o Estado deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões em impostos.
Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), destaca que a Operação Lava Jato foi política, como mostraram as conversas vazadas e amplamente divulgadas pela mídia. “A Lava Jato destruiu empresas que empregavam milhares de trabalhadores, em vez de punir as pessoas que cometeram alguma irregularidade. Jogou fora a água, a criança e a bacia! Ao destruir empresas brasileiras, a operação afetou as economias local, regional e nacional. São mais de 4 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados por causa dessa operação que já foi desmascarada em todo o mundo como uma jogada totalmente política e não apenas contra a corrupção”, diz Bacelar.
O estudo do Dieese foi feito com base na Matriz Insumo Produto (MIP). Ao bloquear atividades de fornecedores e suspender obras públicas, o documento mostra que a Lava Jato abalou a estrutura de vários setores no país. O desemprego em massa atinge fortemente o varejo, por exemplo. O impacto da redução dos investimentos dos setores de petróleo e gás e da construção civil sobre os demais setores funciona como um efeito cascata na economia local.
Fonte: Monitor Mercantil
Comentários
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Moro chegou a prender um pequeno punhado de peixes pequenos deixando uma montoeira de “cola grossa” “de lombo liso”. Além disso, àquela época ele já havia concedido delação premiada ao doleiro Alberto Youssef.
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Youssef teria prometido, jurado de pés juntos, que nunca mais iria delinquir. Anos depois, voltaria a atuar, dessa feita na Petrobras. Então, foi preso pela Lava Jato.
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Mas, surpresa das surpresas, após ser condenado a mais de 100 anos de prisão, Youssef seria novamente agraciado com a delação premiada e pelo mesmo juiz, Sergio Moro. Não é uma história bem legal essa?
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Pois, mesmo tendo ciência desses fatos, a mídia hegemônica não deixou de “encher a bola” do juiz fazendo intensa propaganda até o ponto de transformá-lo em herói nacional.
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E então eu lanço outra pergunta. Será que, “com um barulho desses”, eu poderia acreditar no que a mídia hegemônica e seus comentaristas divulgam?
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Bem, Ângela. Descrevi, rapidamente, de forma bem resumida, três escândalos monumentais de roubo do dinheiro da nação que a mídia hegemônica optou por ignorar.
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É também por esses três episódios que eu afirmei, logo de início, que, se a Lava jato tivesse realmente atacado a corrupção e sido boa para o país e o povo brasileiro, a mídia hegemônica não teria feito tanta divulgação da operação, tanta propaganda.
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Pergunto mais uma vez. Qual o motivo dessa seletividade da grande mídia na divulgação dos casos de corrupção?
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Antes que eu me esqueça. Procure mais informações sobre o Caso Banestado e vais constatar que o juiz para o qual foi destinada a maioria dos processos constituídos contra os fraudadores das Contas CC5 era .... tchan, tchan, tchan!: Sérgio Moro.
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E vamos a uma outra roubalheira, muitíssimo maior que a imposta à Petrobras, que a mídia hegemônica “empurrou para baixo do tapete”, chamada, indevidamente, de “Escândalo do Banestado”.
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Para continuarem com a campanha de difamação incessante das empresas públicas, denominaram dessa forma a roubalheira, quando o banco público do Paraná foi simplesmente usado para a consecução de fraudes privadas. A roubalheira se deu por meio das Contas CC5 do Banco Central.
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Pois, através das Contas CC5 foram remetidos para fora do Brasil nada menos de US$ 124 bilhões de dólares, da metade da década de 1990 até o início da de 2000. Há quem afirme que esse montante teria chegado, à época, a US$ 184 bilhões.
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Ou seja, a corrupção na Petrobras é pinto perto do que fizeram as pessoas, físicas e jurídicas, que remeteram essa dinheirama toda para o exterior.
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E o que nos contou a grande mídia dessa imensa roubalheira?
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Os órgãos da mídia hegemônica e seus comentaristas adotaram a mesma postura diante da “Lista da Suíça”. A grande mídia divulgou pouquíssimo, e também “à boca pequena”, para, logo em seguida, “esquecer-se” de sua existência.
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Essa tal lista continha uns 8 mil brasileiros que enviaram grana para fora do país. Não é proibido enviar dinheiro para o exterior, desde que o Banco Central seja comunicado. O problema é que essa patota toda enviou “por debaixo dos panos”, fraudulentamente.
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“Desconfiômetro” ligado, eu sou forçado, outra vez, a perguntar. Por que motivo a mídia hegemônica fez um alarde monumental da Lava Jato e em contraste, praticamente ignorou a “Lista da Suíça”? Qual a razão dessa seletividade na divulgação dos casos de corrupção?
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E lanço outra pergunta. Será que a mídia hegemônica tem deixado margem de confiança para que eu possa acreditar no que divulga?
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Ângela. Lembras da Operação Zelotes e da Lista da Suíça? Lembras do “Escândalo do Banestado”?
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Por meio da OZ, a Polícia Federal descobriu que cerca de 700 grandes empresas, nacionais e estrangeiras, fraudaram o fisco por meio do Carf. A PF tinha chegado a R$ 19 bilhões em impostos “perdoados” a essas empresas, mas havia muito mais a investigar ainda.
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Ao mesmo tempo, conforme a Lava Jato a corrupção teria suprimido uns R$ 3 bilhões da Petrobras. Ou seja, o rombo provocado à nação por meio do Carf era 6 vezes maior que o rombo na Petrobras.
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Diante disso, eu sou obrigado a perguntar. Que motivo levou os órgãos a mídia hegemônica a divulgarem a Lava Jato exaustiva e insistentemente, ao mesmo tempo em que mencionaram a Operação Zelotes poucas vezes e “à boca pequena”, para, logo em seguida, “esquecerem-se” da operação?
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Quando vejo essa postura da mídia, sou obrigado a “ligar meu desconfiômetro”.
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Ângela
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A Lava Jato, Sérgio Moro e seus procuradores e parte do Judiciário se constituíram em instrumentos utilizados pelo Sistema de Poder que domina os Estados Unidos para a consecução de seus objetivos geopolíticos e geoeconômicos contra o nosso país.
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Tais instrumentos serviram para:
(1) Aplicar o lawfare e se livrar de líderes políticos inconvenientes sob um pretexto extremamente simpático aos olhos da grande maioria da população, o do combate à corrupção;
(2) Também sob esse pretexto, desmantelar boa parte do parque industrial e da economia brasileiros.
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Não foi somente contra o Brasil que os EUA se utilizaram desse expediente. Procures conhecer a história da Alston e de como a grande companhia francesa foi parar sob o controle da General Eletric dos EUA. Lawfare e o simpático pretexto do combate à corrupção. Veja bem, a França é país desenvolvido amigo dos EUA, supostamente, pelo menos.
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Obedecendo aos ditames dos EUA, a Lava Jato e seus tenebrosos protagonistas, traidores da pátria, apontaram suas canhoneiras contra a Petrobras com objetivo claro de, deliberadamente, demolir a reputação da nossa maior empresa, que é um verdadeiro orgulho nacional.
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Como empresa estatal, a Petrobras foi colocada, corretamente, a puxar o desenvolvimento nacional – inclusive do setor privado brasileiro – pelo governo Lula. E isto estava deixando os EUA um tanto preocupados, pois seguindo no rumo que vinha trilhando, em umas quatro ou cinco décadas – ainda que com erros e, sim, com corrupção, o Brasil poderia observar um grande avanço industrial e tecnológico.
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Daí, minha amiga, passaríamos a dispensar a aquisição de tecnologia das megacorporações capitalistas dos países ricos, uma vez que já teríamos a nossa. Perigo de morte para elas, pois veriam uma grande queda nos lucros suculentos que obtêm no Brasil.
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Todo o apoio, sim, às investigações que visem debelar a corrupção. Todo o apoio ao afastamento e à punição dos culpados. Nenhum apoio, porém, à difamação e destruição das empresas em nome do combate à corrupção. Os países ricos não fazem isso, não cometem esse absurdo cometido aqui. Eles afastam e punem os culpados e deixam as empresas seguirem seu caminho, gerando empregos e riquezas para a nação.
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As empreiteiras brasileiras, com muito apoio público, atingiram um nível excelência em engenharia compatível com as dos EUA e da Europa. Com isso, estavam a ganhar obras na própria Europa e no próprio EUA.
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Competidoras indesejáveis, na visão dos governos e das empreiteiras de lá, era preciso afastá-las. É por isso que a Lava Jato mirou também nas empreiteiras brasileiras. Não o fez com o fim de saneá-las, para que funcionassem sem corrupção, mas, de desmantelá-las, para eliminar sua capacidade de competição.