A Argentina e o Brasil tem uma ótima relação no campo da energia nuclear. Pelo menos tiveram, até agora. Com os leves tremores na relação do governo de Alberto Fernandes e do Presidente Jair Bolsonaro, não se pode garantir com segurança absoluta essas afirmações. Agora, a Argentina de tendência esquerdista, vai assinar com a China um memorando de cooperação em energia nuclear, através do qual os dois países vão promover o intercâmbio de soluções tecnológicas. Este acordo será oficializado durante uma visita que o Presidente argentino pretende fazer à China em fevereiro. O memorando de entendimento prevê uma cooperação estratégia entre a empresa estatal de investimento em energia chinesa (SPIC) – um dos cinco grupos energéticos do gigante asiático e maior produtor de energia solar do mundo – e a empresa argentina de alta tecnologia Invap.
O acordo foi divulgado durante a inauguração do espaço chinês na Expo Dubai, onde o embaixador argentino em Pequim, Sabino Vaca Narvaja, teve um encontro com o diretor-geral da SPIC. "O projeto político que represento foi muito claro, desde o início, de que o seu parceiro nuclear deveria considerar a possibilidade de garantir o financiamento e estar disposto a maximizar a participação da indústria local e uma transferência adequada de tecnologia."
A Argentina fornecerá à China soluções tecnológicas na área da medicina nuclear, a que se somarão acordos existentes com a indústria do país sul-americano dedicada à construção de componentes nucleares (Nuclearis). As duas nações estão também em negociações para que duas empresas argentinas de manutenção nuclear fiquem encarregadas de centrais nucleares em território Chinês do tipo Candu (Canadá), que utilizam urânio natural não enriquecido e são resfriadas água pesada. "A estratégia da embaixada da Argentina na China é de continuar a fortalecer o ecossistema de tecnologia nuclear na China para que o nosso país possa continuar a diversificar as suas oportunidades no gigante asiático, além da exportação de produtos primários", afirmou o embaixador argentino.
A energia nuclear representa 7,5% da matriz energética argentina e o chefe de Estado da Argentina Alberto Fernández pretende aumentar essa percentagem tendo como base a cooperação com a China. Com o objetivo de implementar uma transição energética com fontes de energia não poluentes, a energia nuclear é vista pelos responsáveis argentinos como um ativo estratégico e a China como um parceiro fundamental. Está também em vigor o projeto de construção da central nuclear Atucha III, com tecnologia HuaLong, que está contemplado no Plano Quinquenal entre os dois países.
Fonte: Petronotícias
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