O governo do Rio Grande do Sul encontrou grande resistência entre municípios do interior do estado ao plano de privatização da Corsan, companhia estadual de saneamento básico que pretende colocar à venda no início do próximo ano.
Somente 31 dos 317 municípios atendidos pela empresa atualmente assinaram novos contratos com ela até a tarde desta quinta (16), último dia fixado pela legislação estadual para adesão das prefeituras a uma etapa crucial para o sucesso da privatização.
O novo marco legal do setor de saneamento obriga municípios com contratos vencidos a abrir licitação pública para contratar novos concessionários, mas permite a renovação de contratos com as companhias estaduais que estiverem a caminho da privatização, o que as torna mais atrativas para os investidores.
Muitos municípios atendidos pela Corsan têm dúvidas sobre os ganhos que podem obter com a privatização, apesar dos incentivos oferecidos pelo estado. Os que assinaram novos contratos, com prazo de validade até 2062, receberam ações da empresa e garantias de manutenção das atuais tarifas sem reajustes além da inflação.
Os 31 municípios que aderiram ao plano do governo reúnem cerca de 2,6 milhões de habitantes, menos da metade da população atendida pela Corsan, que vive em cidades de pequeno e médio porte do interior e da região metropolitana de Porto Alegre. A empresa esperava assinar mais contratos na noite de quinta.
Fonte: Folha de São Paulo
Comentários
Eu, atrapalhando?
Meu caro, eu trabalho na Petrobras, não sou prefeito de nenhuma dessas 315 cidades que não aderiram. Não tomo decisões a respeito de nada disso.
Vá despejar essas sua cantilena nos ouvidos dos prefeitos e veja o que eles te responderão.
Só completei a sua informação sobre os 75 municípios e 3,5 milhões de gaúchos, que vão passar a ser escorchados por danosos “tarifaços” que podem ser liberados pela nova estrutura de preços do contrato.
Pois bem, 315 prefeitos que representam 7,8 milhões de gaúchos não caíram nas manobras do governador Eduardo Leite (o novo Pinóquio do RS), nesse processo atropelado de privatização e sem a devida transparência.
É verdade, dos 317 municípios atendidos pela Corsan, 307 poderiam aderir ao novo modelo. As 75 cidades que aceitaram o aditivo correspondem a 52% do faturamento da empresa e a uma cobertura de atendimento de 3,5 milhões de pessoas.
Porém, o que o senhor esqueceu de mencionar, é que 233 municípios (75%) ainda não assinaram o aditivo, o que compreende 48% do faturamento e 7,8 milhões de pessoas.
Enquanto nações capitalistas européis e os próprios Estados Unidos tem feito movimentos de reestatização dos serviços de saneamento e fornecimento de água por conta da precariedade e péssima qualidade dos serviços fornecidos pelas empresas privadas, aqui no Brasil vamos no sentido contrário, mais capitalistas que os inventores do capitalismo, e repetiremos os mesmos erros deles.