As commodities passam por valorização nunca vista (e isto ajuda a explicar por que o Brasil consegue suportar, com modesto crescimento, as políticas contracionistas da equipe econômica). Mas por quanto tempo essa marcha para cima continuará?
Os economistas do FMI Martin Stuermer e Nico Valckx tentam responder parte dessa pergunta de 1 trilhão de dólares no artigo "Four Factors Behind the Metals Price Rally" (quatro fatores por trás da alta dos preços dos metais), que atingiram um recorde de 9 anos:
– Retomada da manufatura, especialmente na China
– Problemas no fornecimento, devido a paralisações durante a pandemia
– Expectativas de uma transição energética mais rápida e gastos com infraestrutura, que aumentariam a intensidade do uso de metais
– Facilidade de armazenamento, em comparação a petróleo ou commodities agrícolas (o que a coluna traduziria por "especulação" aproveitando os juros baixos)
"Os participantes do mercado parecem esperar um pico nos preços dos metais relativamente em breve", escrevem Stuermer e Valckx, uma vez que os dois primeiros fatores são supostamente temporários. "De fato, os mercados futuros sugerem um aumento dos preços dos metais industriais em 50% em 2021 (sobre 2020), mas uma redução de 4% em 2022." Os 2 economistas esperam que os preços devem permanecer altos e podem subir ainda mais.
Aí entra com força a especulação, diante de juros negativos, levando a uma alta artificial, além do consumo, não só com metais, mas igualmente com alimentos e outras commodities.
Fonte: Monitor Mercantil
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