A governadora Fátima Bezerra (PT) demonstrou em números, nesta quarta-feira (2), para parlamentares em Brasília as perdas que o Rio Grande do Norte (RN) terá com a decisão da Petrobras de encerrar as suas atividades no estado.
Fátima comentou as ações que o governo potiguar está tomando junto com parte da bancada federal para tentar diminuir os danos causados pela política de desinvestimento da estatal petrolífera anunciada na última semana. De acordo com ela, a decisão da Petrobras ameaça a manutenção de 5.637 empregos, além de ameaçar o pagamento de royalties a 98 prefeituras.
"Historicamente [a Petrobras] desempenhou um papel muito importante na promoção do desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte e do Nordeste. Essa decisão do governo federal de sair a Petrobras no Rio Grande do Norte, se dá sob protestos. Diante deste fato, nós de imediato pedimos a criação de um grupo de trabalho", apontou em reunião com os parlamentares.
"Em 2019, foram R$ 425 milhões, dos quais R$ 226 milhões foram destinados aos municípios; R$ 173 milhões para o Estado; e R$ 25 milhões para proprietários de terras onde a empresa instalou campos de trabalho", detalhou a governadora.
Apoio de parte da bancada
Presentes no encontro com Fátima Bezerra, os senadores Jean Paul Prates (PT-RN) e Zenaide Maia (PROS-RN) e os deputados Natália Bonavides (PT-RN) e Rafael Motta (PSB-RN) concordaram com os números apresentados pela governadora e afirmaram que a estatal era importante para o estado e que, agora, o desafio é fazer com que essas perdas possam ser revertidas.
Pré-candidato à prefeitura de Natal, capital potiguar, Jean Paul lamentou que dificilmente a Petrobras mudará a sua decisão de abandonar os investimentos que estavam previstos no estado e que o momento exige união de todos para que essa crise causada pela decisão da estatal seja transformada em oportunidades.
"Temos clareza que a saída da Petrobras de todas as operações no Rio Grande do Norte não é o melhor caminho. A Petrobras está saindo sob os protestos do governo do estado. Precisamos deixar isso muito claro. Agora, se a decisão está tomada, precisamos definir como será essa transição para reduzir os impactos", comentou o senador petista.
"Esse encontro serviu para a equipe da governadora mostrar o que vai ter de desemprego. Ora, a Petrobras responde por mais de 40% do PIB [Produto Interno Bruto] industrial do Rio Grande do Norte", lamentou a senadora Zenaide Maia.
Com informações do site Política Real
Comentários
Mas pra essa gente o "Estado" tem de ser o dono de tudo e de todos....ideia que a história mostrou que não deu certo.
Na verdade o que "essa gente" quer é sendo ELES o "Estado" mandar em tudo e em todos.