Rosa Marques destaca que houve uma grande movimentação nos setores empresariais para instaurar a agenda regressiva de reformas neoliberais e que a Lava Jato foi parte dessa engrenagem.
Em seu artigo, Marques mobiliza os estudos sobre a operação, que já começam a ganhar a atenção de pesquisadores e estudantes de economia. Ela diz: "segundo Nozaki (2018), do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a operação provocou o desmantelamento de "importantes setores da economia nacional, principalmente da indústria petrolífera e da sua cadeia de fornecedores, como a construção civil, a metal-mecânica, a indústria naval, a engenharia pesada, além do programa nuclear brasileiro. Apenas em seu primeiro ano, estima-se que a Lava Jato retirou cerca de R$ 142,6 bilhões da economia brasileira. Ou seja: a operação produziu pelo menos três vezes mais prejuízos econômicos do que aquilo que ela avalia ter sido desviado com corrupção."
Marques prossegue: "Walde Junior (2019), por sua vez, estima que, nos três primeiros anos, ocorreram mais de 2,5 milhões de demissões ligadas às empresas investigadas pela Operação Lava Jato ou a suas fornecedoras. Dois exemplos trazidos por este pesquisador são bastante ilustrativos: que a Petrobras teria reduzido o número de seus funcionários de 446 mil, em dezembro de 2013, para pouco mais de 186 mil em dezembro de 2016; e que a construtora Engevix teria, no mesmo período, demitido 82% dos trabalhadores de seu quadro (de 17.000 para 3 mil). Mas é difícil se separar o efeito da operação dos demais fatores anteriormente mencionados."
E conclui: "por isso, talvez seja mais importante enfatizar que, para além dos números das empresas diretamente afetadas, tais como retração do investimento, do total de trabalhadores e do faturamento, fruto da não preservação das empresas ao ter sido feito o combate à corrupção realizada por indivíduos, é importante se atentar para seu resultado: o desmantelamento do setor da construção civil e do petróleo e do gás no país. Este último já está vivendo um franco processo de entrega para o grande capital estrangeiro via os leilões do pré-sal."
Assista a entrevista com Rosa Maria Marques:
Comentários
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Quando vão perceber que, seja esquerda, direita ou centro, só brigam para ter o poder e roubar nosso dinheiro, indicar parentes, amigos e companheiros, para conseguir mais dinheiro e permanecer no poder...
Óbvio que a Lava Jato traria prejuízos ao país. A operação revelou que quase todas as obras de infra-estrutura do país serviam pura e simplesmente para transferir recursos do estado para um determinado partido (lembrem-se da delação na qual o operador do PP dizia que, dos 3% que passavam na mão dele, 2% iam pro PT e só 1% ficava com o partido dele). As empresas embolsaram muito também, mas o comando era político. E a AEPET quer vender a ideia que deveria ter sido feito de outro jeito, pra gerar menos prejuízos, quando a AEPET queria mesmo é que fosse feito de um jeito a permitir que o partido que roubava conseguisse se reeleger.
Depois não entendem como o povo votou no Bolsonaro pra presidente. Defendendo uns absurdos desses, fica fácil pro Bolsonaro se mostrar "contra tudo isso que está aí".
A tentativa de se negar a corrupção do PT e demais partidos é tão grotesca que se busca inverter valores através de uma narrativa tosca e desprovida de qualquer raciocínio minimamente isento. Difícil de ler esse tipo de coisa e permanecer calado.
Asneiras e tolices não tem espaço aqui.
Defender o corrupto é uma coisa, vá l-a! Pode ter alguma coisa com ideologia ou modo de ganhar a vida!
Mas atacar quem está acabando com a corrupção é alem dos adjetivos já citados, burrice e tiro no pé
Temos assim dois culpados pelos danos econômicos: os corruptos e corruptores, efetivamente condenados - que além de causarem os desvios foram responsáveis indiretos pelos danos subsequentes de suas ações, e a legislação que favorece a corrupção e inviabiliza as obras que foram objeto da corrupção, causando falências e desemprego.
Não foi a operação Lava-jato que causou prejuízos às empresas mas sim a legislação que confude os bandidos com as empresas, sendo que a nefasta legislação foi redigida pelos mesmos políticos bandidos.
Como uma catedrática escreve tal conjunto de asneiras e mais ainda que encontre espaço para publica-las. Misturar combate a corrupção com agenda neoliberal.
Por mais excessos que a Lava-jato tenha cometido, afinal não estamos tratando de santos, somente a cegueira extremista explica esta negação sistemática do impressionante e colossal processo de corrupção desmantelado pela operação. O texto publicado esquece de citar que a grande fatia dos "investimentos" , superfaturados em sua maioria, naufragou, tragados pela incompetência e pela corrupção, que esgotou o dinheiro fácil de então, ainda antes da lava-jato chegar aos responsáveis. Sem citar que muitos destes "investimentos" não tinham propósito de melhorar nossa infraestrutura (como gastar bilhões em estádios). Vergonha a AEPET continuar dando espaço a este tipo de narrativa.
Como uma catedrática escreve tal conjunto de asneiras e mais ainda que encontre espaço para publica-las. Misturar combate a corrupção com agenda neoliberal.
Por mais excessos que a Lava-jato tenha cometido, afinal não estamos tratando de santos, somente a cegueira extremista explica esta negação sistemática do impressionante e colossal processo de corrupção desmantelado pela operação. O texto publicado esquece de citar que a grande fatia dos "investimentos" , superfaturados em sua maioria, naufragou, tragados pela incompetência e pela corrupção, que esgotou o dinheiro fácil de então, ainda antes da lava-jato chegar aos responsáveis. Sem citar que muitos destes "investimentos" não tinham propósito de melhorar nossa infraestrutura (como gastar bilhões em estádios). Vergonha a AEPET continuar dando espaço a este tipo de narrativa.