Relatório do banco suíço UBS mostra que 77% das famílias mais ricas – que tinham fortunas médias de US$ 1,6 bilhão – viram seus portfólios de investimento "cumprirem ou superarem as metas" durante a pandemia. "Mais de três quartos das pessoas mais ricas do mundo relataram um aumento em suas já vastas fortunas familiares, apesar do choque econômico causado pelo coronavírus", resume o jornal britânico The Guardian.
O UBS pesquisou 121 escritórios familiares, que administram fortuna total de US$ 142 bilhões (34 escritórios não quiseram revelar suas fortunas); 93 haviam atingido ou excedido suas metas financeiras no ano até maio.
Escritórios familiares (family offices) são empresas de consultoria de gerenciamento de patrimônio que atendem a investidores com patrimônio líquido muito alto. Também são usados por pessoas ricas para administrar casas e funcionários em todo o mundo e para cuidar de jatos particulares, iates e outros bens de luxo.
"As famílias no quinto mais pobre – conforme medido por sua renda pré-crise – foram as mais atingidas em termos de ganhos, com uma queda nos ganhos médios das famílias em torno de 15%, cerca de £ 160 por mês (R$ 1.070)", segundo relatório do Instituto de Estudos Fiscais britânico. A pandemia pode aumentar a pobreza global em até meio bilhão de pessoas, ou cerca de 8% da população mundial, segundo uma pesquisa da Universidade das Nações Unidas.
O levantamento Investor Watch, também do UBS, ouviu mais de 3.750 investidores de 15 países com pelo menos US$ 250 mil investidos para saber o impacto da pandemia no modo de ver o mundo. No Brasil, dos 200 investidores pesquisados, 84% acreditam que o velho modo de viver mudará para sempre; o percentual é superior à média mundial (75%). Um terço dos brasileiros disse ter sido impactado significativamente pela crise, enquanto metade foi um pouco afetada.
Fonte: Monitor Mercantil
Comentários
Afinal, ninguém morre de desemprego, ninguém torna-se criminoso por necessidade, por fome.
#SQN
A conta da imbecilidade está chegando...