Enquanto economistas discutem o formato da curva da atual crise – se em V, em W, U ou L – o mercado financeiro já se encontra na segunda perna do V. O descasamento entre as finanças e a economia real chamou a atenção do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em artigo e entrevista nesta quinta-feira, Tobias Adrian, diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI, afirmou: "Os investidores parecem estar apostando que um forte apoio duradouro dos bancos centrais manterá uma recuperação rápida, mesmo que os dados econômicos apontem para uma desaceleração mais profunda do que o esperado, como mostra o World Economic Outlook Update de junho de 2020."
A desconexão entre os mercados financeiros e a economia real pode ser ilustrada pela recente dissociação entre as bolsas de valores dos EUA e a queda da confiança do consumidor, dois indicadores que historicamente se movem juntos, levantando questões sobre a sustentabilidade do rali, se não pelo impulso proporcionado pelos bancos centrais. Os principais BCs do mundo lançaram pacotes de liquidez que juntos ultrapassam US$ 6 trilhões.
"Essa divergência aumenta o espectro de outra correção nos preços dos ativos de risco, caso a atitude dos investidores mude, colocando uma ameaça à recuperação", adverte Adrian. Altas sequenciais em mercado de ações de urso (pessimista) ocorreram no passado durante períodos de pressões econômicas significativas, apenas para mudar rapidamente.
O diretor do FMI chama atenção para vulnerabilidades financeiras preexistentes que estão sendo reveladas pela pandemia. Tanto nas economias de mercado avançadas como nas emergentes, os encargos das dívidas das empresas e das famílias podem se tornar incontroláveis em uma severa contração econômica.
A dívida corporativa agregada tem aumentado ao longo de vários anos e agora está em níveis historicamente altos em relação ao PIB. A dívida das famílias também aumentou em muitas economias, algumas das quais agora enfrentam uma desaceleração econômica extremamente acentuada. "A deterioração dos fundamentos econômicos já levou a um rebaixamento dos ratings corporativos, e existe o risco de um impacto mais amplo na solvência de empresas e famílias", adverte.
Fonte: Monitor Mercantil
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