e de outros derivados de petróleo produzidos nos Estados Unidos, para o Brasil.
Também fizemos um post sobre o virtual controle, de quase 90%, dos Estados Unidos, sobre a importação brasileira de óleo diesel.
Repercutimos ainda uma informação do IBGE, de que o diesel é a principal indústria brasileira, faturando quase R$ 140 bilhões nos últimos 2 anos.
Hoje vamos falar especificamente da gasolina, o décimo mais importante produto da nossa pauta de importação. Nos últimos seis meses (jan/jun 2019), gastamos US$ 962 milhões com a importação de gasolina, mais do que gastamos com a importação de computadores, trigo e fertilizantes. Em relação ao ano passado, houve aumento de 6%, bem acima do aumento do nosso consumo, o que mostra que está havendo substituição de gasolina brasileira por gasolina importada.
E de onde está vindo essa gasolina?
Segundo dados do Comexstat, o banco estatístico público de comércio exterior, quase 70% da gasolina que importamos tem vindo dos Estados Unidos.
O aumento da participação americana na importação de gasolina tem sido impressionante, e está em linha com o crescimento vertiginoso da produção norte-americana de derivado nos últimos anos.
Em 2015, os EUA responderam por somente 29% da nossa gasolina importada.
Em valores, o aumento da exportação americana de gasolina para o Brasil também é impressionante. No primeiro semestre de 2016, importamos apenas US$ 126 milhões em gasolina dos EUA. Nos seis primeiros meses deste ano, as importações brasileiras de gasolina oriunda de refinarias norte-americanas saltaram para US$ 634 milhões.
A economia brasileira é altamente dependente de diesel e gasolina. Quase não temos ferrovias ou transporte de cabotagem (barcos e navios), e todo o transporte interno de mercadorias é feito por caminhões movido a diesel. Nossos carros de passeio são movidos quase todos por gasolina.
Um projeto de desenvolvimento nacional, voltando a consolidar nossa soberania energética, passa portanto, necessariamente, pelo aumento do controle de nossa produção de derivados de petróleo.
Fonte: O Cafezinho
Comentários
Uma procura desenfreada pela importação de combustíveis cujo processo só foi se intensificando concomitantemente com o aumento da oferta de derivados nos EUA.
Isso é mercado funcionando.....puro e simples, e diga-se, as regras de mercado não são influenciadas por ideologias....muito menos por ideologia ESQUERDOPATAS.
Dê uma olhada no meu comentário aposto ao do colega Jorge, abaixo: em 2015 (governo Dilma) tínhamos a menor importação, fruto da queda de demanda pela crise.
De 2016 em diante (governo Temer) as importações aumentaram e o governo diminuiu a produção das refinarias da PB, que chegaram ao mais alto índice de ociosidade.
Favorecendo importadores e preparando a opinião pública para se indispor com a PB e assim apoiar a tese da privatização.
Veja o gráfico 7 da matéria publicada aqui na AEPET em 11/dez/2017:
http://www.aepet.org.br/w3/index.php/artigos/noticias-em-destaque/item/1125-editorial-politica-de-precos-de-temer-e-parente-e-america-first
De um modo geral, em 2015 foi o ano em que o Brasil menos importou derivados (menos de 150 M bep) em uma série histórica que no ano anterior 2014 registrou importação de 180 M bep.
O motivo provável foi a redução do consumo devido à crise, que reflete inclusive no aumento da ociosidade das refinarias em 2015, já que caiu a demanda.
No mesmo gráfico se observa, nos anos posteriores (2016, 2017), o aumento das importações E TAMBÉM O AUMENTO DA OCIOSIDADE DAS REFINARIAS. Neste caso, evidenciando a mudança de política do governo Temer em relação à Petrobras, em favor dos importadores.
Exportamos gasolina mais cara de alta octanagem que tem alto valor no mercado americano.
Isso contribui para aumentar a margem do refino. Simples assim.
Parem de ver chifre em cabeça de cavalo.
Precisamos ter elementos para não tirarmos conclusões erradas.
Grato.
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