A refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi definitivamente transferida para as mãos da Chevron. A companhia americana declarou que concluiu a transação com a Petrobrás por US$ 467 milhões, sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 117 milhões de capital de giro. A estatal brasileira pagou um total de US$ 1,2 bilhão pela planta, com evidente sobrepreço. Agora, a Petrobrás se desfaz do ativo por menos da metade do preço que desembolsou pela unidade.
O geólogo Luciano Seixas Chagas estranhou a redução do valor de venda da refinaria de Pasadena em quase US$ 100 milhões, em favor da Chevron. "Antes o valor era superior a US$ 0,52 bilhões e agora é de apenas US$ 467 milhões e deste só US$ 117 milhões de capital de giro (correspondente a um estoque em óleo de 1,9 milhões de barris ou de apenas 37% da capacidade de armazenamento de Pasadena da ordem de 5,1 milhões de barris2) . São números surpreendentemente estranhos que precisam ser esclarecidos e mui bem esclarecidos, pois é mui estranha a redução dos valores", critica Seixas.
A refinaria de Pasadena teve 50% de seu controle comprado pela Petrobrás em 2006, por US$ 360 milhões. Esse montante já era muito superior aos US$ 42,5 milhões pagos pela belga Astra Oil, que era até então a única operadora do ativo. Em 2008, a Petrobrás e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a outra metade que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando cerca de US$ 1,2 bilhão.
"Se pegarmos a taxa de câmbio vigente na época de compra de Pasadena (US$ 700 milhões), e a atual (US$ 467 milhões), lógico excluindo todos custos judiciais pagos na negociação de Pasadena , ela foi vendida em reais pelo mesmo valor de compra e ainda gerou grandes caixas, durante o período que a Petrobras América foi proprietária, processando o petróleo proveniente do Campo Eagle Ford, um dos melhores ativos do shale oil&gas dos EUA, aliás um dos poucos que apresentam fluxo de caixa ligeiramente positivo", afirma o geólogo, para quem a venda de Pasadena "foi mais um desastre em termos de valor, e mais uma excrescência cometida pelos atuais gestores".
O geólogo conclui que a venda é lesiva ao Brasil. "E ninguém diz que a Chevron comprou ma sucata. Por que estão calados os arautos do apocalipse da Petrobras? Mentira tem pernas curtas e os fatos comprovam", resume.
Com informações do site Petronotícias
Comentários
Só para lembrarmos quem foram os responsáveis pelo negócio ruinoso que foi Pasadena
Não analisam que é interessante a PETROBRAS diminuir sua dívida e assim conseguir empréstimos com juros menores para tocar seus projetos que tem rentabilidade muito maior.
Seria interessante que as pessoas se informassem melhor sobre rentabilidade de negócio antes de criticar.
Por isto que a diretoria não da nenhuma importância para comentários que ignoram como funciona negócio para empresa crescer e valorizar-se.
É muito interessante o comentário do geólogo sobre o preço de venda da refinaria, ele não se atém a condição de venda, onde uma venda necessita de um interessado na compra e a partir daí é ajustado o preço da venda, analisa a situação como se a Petrobras definisse o preço e o interessado simplesmente o pagava. Por outro lado esqueça totalmente a condição da compra por um valor aviltante é totalmente fora de qq valor de mercado por estar imbuído altos valores de propina. Na venda É IMPOSSÍVEL RECUPERAR A PROPINA PAGA NA COMPRA DA REFINARIA.
E também quem falou que propina é tolerável e que não deve ser recuperada ou pelo menos que se envide esforços para tanto? Menos ideologia e mais análise é sempre recomendável, como ao chamarem, sem análise, quaisquer ativos de sucata. Sucata cara não?
Ou seja pagou R$ 1,3 bilhões na compra(0.7 x 1,797) e vendeu por R$1,8 bilhões (0,467 x 3,85). Se considerarmos o absurdo e falso número do TCU de US$ 1,2 bilhões, pagou R$ 2,15 bilhões (1,2 x 1,797) e vendeu por R$ 1,8 bilhões perdendo R$ 350 milhões incluindo os custo jurídicos, fora quanto faturou em substantivas vendas em US$ em todos os casos.
Como o faturamento da Petrobras é em R$ as contas devem ser feitas nesta moeda e a sucata Pasadena não é e nunca foi sucata como muitos aqui afirmaram. Agora provem o que falaram com números como os mostrados acima.