Após dez anos de produção, o pré-sal brasileiro atingiu 1,5 milhão de barris de petróleo por dia (bpd). A expectativa da Petrobrás é de que, até 2022, mais 13 plataformas entrem em operação, com investimentos da ordem de US$ 35 bilhões.
Em uma década, a produção no pré-sal gerou R$ 40 bilhões em participações governamentais, podendo chegar a R$ 130 bilhões em 2022.
As inovações advindas da exploração do pré-sal foram reconhecidas mundialmente pelo prêmio da Offshore Technology Conference (OTC), considerado o Oscar da indústria, recebido pela Petrobrás em 2015. A Petrobrás informa que o custo médio de extração já está abaixo de US$ 7 por barril de óleo equivalente.
Quem desdenha quer comprar
O presidente da AEPET, Felipe Coutinho, considera que a ganância sobre esta enorme riqueza, já comprovada, é o motivo para tanto desdém nestes dez anos de descoberta do pré-sal.
"Primeiro disseram que o pré-sal não era real e que só existia na cabeça dos políticos. Mas ficou evidente que o pré-sal era real. Depois disseram que a Petrobrás não seria capaz técnica e financeiramente de produzir o petróleo do pré-sal. No entanto, a Petrobrás desenvolveu tecnologia, investiu e iniciou a produção em tempo recorde. Então disseram que era inviável produzir no pré-sal porque seria muito caro. A Petrobrás, todavia, reduziu os custos e viabilizou a economicidade da produção", destaca Coutinho.
O presidente da AEPET acrescenta que os especialistas de plantão, já sem argumentos, disseram que o aumento da produção era muito lento e, portanto, a tarefa deveria ficar a cargo das multinacionais. "Mas a Petrobrás desenvolveu a produção em tempo recorde, mais rápido que as experiências do Mar do Norte e do Golfo do México", observa.
O povo não é bobo
Hoje o pré-sal representa mais de 55% da produção nacional. Apesar de todas as evidências, falácias são repetidas diariamente com o intuito de entregar a operação única, os 5 bilhões de barris da cessão onerosa, as malhas de gasodutos, acumulações de petróleo como Carcará e os ativos da Petrobrás, que é a maior vítima de Fake News (noticias falsas) da história do Brasil (clique aqui para ler artigo de Coutinho e Gilberto Bercovici)
"Mas o povo não é bobo. Tanto que 70% são contra a privatização da Petrobrás e 78% são contra o capital estrangeiro na companhia", sublinha o presidente da AEPET.
"Tudo que foi entregue precisa ser recuperado, a começar para malha de gasodutos do sudeste (NTS) e a acumulação de Carcará", conclama.
Comentários
No entanto, melhor ainda é saber o destino dessa dinheirama toda arrecadada pelo trio Lula-Dilma-Temer, com prevalência no (des)governo dos primeiros. Para onde foi tudo isso?
Destinou-se, como prometido, ao "famoso" Fundo Soberano de vários nomes e pouquíssimo saldo? Infelizmente não, né? A verdade é que MUITO MAIS dos que esse total foi INTEIRAMENTE consumido na carcomida engrenagem salarial ineficiente e inchada que esses bandidos Lula e Dilma deixaram de herança para o Temer, que não é nada bom também, mas com grau de ruindade incrivelmente menor.
Resumo: Fundo Soberano deixado pela PresidAnta "impeachada" com saldo de apenas R$2 bilhões frente a déficits públicos de mais de R$400 bilhões acumulados (200x o saldo, confere?).
1) Petrobras é empresa que paga impostos MUITO corretamente, mas não paga nada mais do que o devido e, melhor ainda, tem várias contestações de cobranças indevidas (na opinião da empresa e minha), que estão sendo julgadas em várias instâncias de vários níveis governamentais;
2) O petróleo e seus derivados são dos itens mais tributados e cuja sonegação é quase zero, seja pela Petrobras, seja pelas concorrentes.
Portanto, acho que nós concordamos em que o Pré-sal DEVERIA ser explorado unicamente pela empresa (sou liberal, mas penso muito no futuro de meus filhos e futuros netos) SE a Petrobras não tivesse sido escandalosamente ROUBADA no período 2003-2016 como "nunca jamais, na história desse país". Petrobras combalida combinada com premência (correta?) de produção força-me a abrir exceção na minha únia faceta monopolista. A realidade foi duríssima!