Entre as 100 maiores corporações transnacionais que operam nos oceanos mundo afora, a Petrobras aparece em 2º lugar. A lista, divulgada nesta 4ª feira (13.jan.2021), é parte de uma pesquisa publicada na renomada revista Science Advances, feita por cientistas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e das Universidades de Estocolmo e Uppsala, na Suécia.
Foram avaliados 8 principais setores que operam nos oceanos: petróleo e gás offshore, equipamentos e construção navais, produção e processamento de pescados e frutos do mar, transporte de contêineres, construção e reparo de navios, turismo de cruzeiros, atividades portuárias e energia eólica.
Combinadas, essas indústrias geraram ganhos de 1,9 trilhão de dólares em 2018 (10,4 trilhões de reais). A brasileira Petrobras faturou 46 bilhões de dólares naquele ano, o equivalente a cerca de 250 bilhões de reais.
O estudo, que tem como objetivo avaliar a concentração da indústria no ambiente marítimo e os perigos que isso representa, mostrou ainda que Arábia Saudita, Brasil, Irã, México e Estados Unidos são, respectivamente, sede das maiores transnacionais de petróleo e gás offshore.
Pré-sal
"O advento do pré-sal colocou a empresa no mapa mundial. Não é de se surpreender que a Petrobras seja a 2ª maior do mundo quando se consideram atividades no oceano", comenta Arthur Wieczorek, pesquisador associado ao Centro de Geociências Aplicadas ao Petróleo da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Para Henrik Wachtmeister, um dos autores do estudo publicado na Science Advances, o caso do Brasil mostra como o esgotamento dos recursos força a produção a se deslocar para operações cada vez mais complicadas, mais distantes e em maiores profundidades.
"O momento de aumento da produção do Brasil e da Petrobras também ilustra o difícil dilema de muitos países produtores de petróleo no que diz respeito à mitigação das mudanças do clima e ao Acordo de Paris. Como um dos poucos países com potencial de produção de petróleo convencional, os níveis de produção do Brasil devem aumentar até 2030, possivelmente tornando a Petrobras a maior empresa petrolífera de capital aberto do mundo" afirma Wachmeister à DW.
Com informações da Deutsche Welle
Comentários
Lembrando que a cadeia petroquímica é muito relevante sob a ótica da complexidade tecnológica. Com isso, abrir mão das refinarias contribuirá para o enfraquecimento da estatal em um movimento contrário ao das companhias atuantes no setor, que promovem investimentos no parque de refino mundial.
Além disso, as petroleiras nacionais estão se fortalecendo em todo o mundo, sobretudo através da expansão e integração da capacidade de refino com a petroquímica, vide países da Ásia (China, Índia, Indonésia, Malásia), da Rússia e do Oriente Médio. Mesmo nos Estados Unidos, onde 135 refinarias de empresas privadas fazem isso, há um mecanismo de regulação estatal sobre a aquisição desses ativos por empresas estrangeiras.
Principal alavancadora do desenvolvimento nacional, uma empresa que era totalmente vertical do "poço ao posto ", da delimitaçao, exploraçao, produçao, escoamento, refino,distribuiçao agora nesse governo genocida traidor sendo transformada numa simples exportadora de petroleo com o aval do STF e muita traiçao.
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