Um dos argumentos usados por quem desdenhava do pré-sal, com a intenção de desvalorizá-lo, era o suposto "alto custo de exploração", que já não existe mais. Durante evento em São Paulo, o próprio Pedro Parente admitiu que o gasto da extração no pré-sal caiu para apenas US$ 8, em um contexto mundial de crescimento dos custos. Parente, no entanto, não reconheceu que este resultado se deve à competência da Petrobras. Preferiu criticar "a demora em explorar o pré-sal", apesar dos sucessivos recordes de produção obtidos pela Companhia.
Para justificar a exploração acelerada de nossas reservas por entidades privadas, Parente optou pelo discurso falacioso do senador José Serra (PSDB-SP), para quem a participação obrigatória da Petrobrás em pelo menos 30% nos empreendimentos teria "limitado a atuação de outras empresas e consequentemente a exploração". No entanto, a realidade mostra o contrário: os pesados investimentos encabeçados pela Petrobras nos últimos anos, levaram a produção do pré-sal no país a superar a do pós-sal em junho, como informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo a Agência Reuters, o presidente da Petrobrás avalia que o pico da demanda por petróleo deverá ocorrer nos próximos anos e, depois, entrar em trajetória de queda. Em vista disso, reafirmou que, nos próximos cinco anos, os investimentos da Companhia continuarão voltados para a exploração do óleo, o que significa
abrir mão de segmentos estratégicos, como a distribuição de combustíveis.
Sobre uma eventual privatização da estatal, Parente tentou culpar a vítima (o povo brasileiro): “Neste momento, na minha visão, entendo que a sociedade brasileira não está preparada (para a privatização)”, disse.
Comentários
De fato, tem-se que banir esses sem vergonha do país ou botá-los na cadeia. Esses neoliberais são os verdadeiros subversivos, vendilhões desse país!
- Ao citar que "gasto da extração no pré-sal caiu para apenas US$ 8", faz supor MUITO ERRADAMENTE que todo o resto é algo parecido com "lucro". Nada mais falso! Gasto com extração é uma MÍNIMA parte do custo total, já que ninguém espera que o óleo do Pré-sal seja gratuitamente descoberto, que custo de perfurar poços seja zero ou outras bobagens semelhantes. Na realidade, apenas como CUSTO total, deve-se considerar algo perto de US$40-45, coisa já publicamente assumida pela própria Diretoria da Petrobras algum tempo (Pré-Parente) atrás.
- Criticar "a demora em explorar o pré-sal" é algo mais que pertinente, não pelo que se produz hoje (é muito, sem dúvida), mas nem se compara com o que foi prometido e altamente propagandeado por (des)governos irresponsáveis que tivemos nessa última década e tanto. Ou alguém acha que as promessas foram cumpridas? NEM DE LONGE!!!!!
- No final, é mesmo de se pensar o quanto o Pré-sal foi benefício para alguém mais que o próprio (des)governo anterior. Explico: a Petrobras afundou-se em dívidas, quase naufragou, e desse poço demorará para sair, se bem que eu acredito na capacidade de recuperação da empresa; o povo não viu quase NADA do quase UM BILHÃO DE BARRIS que já foram produzidos no Pré-sal. Cadê o "famoso" Fundo Soberano, o qual proporcionaria educação de qualidade para nossos filhos e netos? Foi entregue pelo PT com saldo de APENAS R$2 bilhões, ao mesmo tempo que a divida pública somou R$300 bilhões no mesmo período; Pré-sal só foi benéfico mesmo para os (des)governos do PT, que se locupletaram nos impostos e participações, quase nada devolvendo aos reais "donos" do Pré-sal: o povo.
Portanto, são muito pertinentes as críticas do Presidente da Petrobras, as quais são também minhas.
Em tempo: a Petrobras deu "graças a Deus" pelo PL do Serra que virou Lei depois. Afundada em dívidas, não tinha mesmo condições de participar COM OBRIGATORIEDADE de todos os leilões do Pré-sal. A referida Lei retirou da Petrobras unicamente a obrigatoriedade, deixando a empresa livre para participar apenas dos blocos que pareçam promissores. É o ideal? Claro que não, mas é consequência dos descalabros petistas que levaram a empresa à penúria em que se encontra.
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