Depois de passar o ano com integrantes do governo ou aliados atacando a China e provocando incidentes diplomáticos, o Brasil fechou 2020 com quase 70% de seu superávit comercial vinculado ao país asiático, que continua sendo o principal parceiro comercial. O saldo comercial com a China totalizou US$ 50,99 bilhões, crescimento de 7% em relação ao ano anterior, informou o Ministério da Economia. Mas tanto as exportações (-6,1%) como as importações (-9,7%) caíram. Foi a segunda queda seguida.
As vendas brasileiras ao exterior caíram 2,7% no setor extrativo (petróleo) e despencaram (11,3%) na indústria de transformação. As exportações se sustentaram na agropecuária, com alta de 6%. Aumentaram as vendas de café não torrado, soja, algodão, carne bovina e minérios (ferro, cobre e níquel). E caíram as de pescado, milho não moído, minério de alumínio, celulose e aeronaves.
Compras e vendas
De janeiro a dezembro, as exportações somaram US$ 209,92 bilhões, queda de 6,1% ante 2019 com base na média diária. Já as importações totalizaram US$ 158,93 bilhões, retração de 9,7%.
As vendas do Brasil para a Argentina caíram 12,7% e para a União Europeia, 13,3%. Para os Estados Unidos, do "aliado" Donald Trump, as exportações brasileiras tiveram queda ainda maior, 27,2%, somando US 21,46 bilhões. Já para o bloco China, Hong Kong e Macau, alta de 7,3%, para US$ 70,08 bilhões.
Importações caem
Em relação às importações, houve retração em todos os casos: Argentina (-25,6%), Estados Unidos (-19,2%), União Europeia (-12,9%) e China, Hong Kong e Macau (-2,7%).
Assim, o Brasil teve pequeno superávit com a vizinha Argentina (US$ 60 bilhões) e com a União Europeia (US$ 1,52 bilhão). Registrou déficit de US$ 2,66 bilhões nas transações com os Estados Unidos. Com a China, saldo comercial de US$ 35,44 bilhões – ou 69,5% de todo o superávit do ano.
Fonte: Brasil 247
Comentários
A esquerda adora inrventar factoides para alimentar seu discurso falido!!!
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Uma mostra de que os resmungos contrários ao comunismo da China não passam de diversionismo de que Bolsonaro se utiliza para engabelar a grande plateia, o povo brasileiro, enquanto seu governo vai desmantelando o país.
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É certo que essa dependência aumentou bastante com relação à China, o que não deveria acontecer. Porém, ao situar-se na faixa dos 21%, quando veio o golpe de Estado de 2016, estava ainda muito abaixo da dependência anterior aos EUA, que estava em cerca de 67%.
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E eis que desandaram a fazer acusações de que o PT teria feito o Brasil refém do comunismo chinês, o que evidenciaria a intenção de implantar também aqui o mesmo sistema. Pois bem. Em seu mandato-tampão, conseguido graças ao golpe, MiShell Temer elevou essa dependência à China para quase 27%.
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Por isso, o agiota deve “pulverizar” seus empréstimos. Ou seja, reparti-los entre um número bem grande de tomadores. Se um quebrar e não puder pagar, o prejuízo vai ser bem menor.
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Pois vejamos uma situação que pode ser vista da mesma maneira. Quando Fernando Henrique Cardoso - desgostosamente, é preciso dizer - repassou a presidência para Lula em janeiro de 2003, 2*3 do comércio exterior brasileiro era feito com os Estados Unidos. Algo absurdo. Explico o motivo no próximo comentário.
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Pois, mesmo deixando o país pendurado desta forma, FHC, Malan, Parente, Fraga, Franco e outros tantos de sua camarilha seguem sendo incensados na mídia hegemônica como paradigmas da boa administração.
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Continua
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