EDITORIAL
Perfil dos Conselheiros indicados revela interesses antinacionais na Direção da Petrobrás
A AEPET, diante da gravidade para a própria existência da Petrobrás, com a composição do novo Conselho de Administração que se pretende propor na próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), sente-se na obrigação diante de seus associados e dos interessados na Petrobrás e no desenvolvimento brasileiro denunciar o que segue.
As conquistas das autossuficiências na produção de petróleo e no abastecimento nacional de combustíveis pela Petrobrás se devem ao firme compromisso do seu Corpo Técnico e das Direções da Companhia que se distinguiram, nas respectivas áreas, pelas competências técnicas e lideranças técnico-administrativas, sejam civis ou militares.
Os militares, como ocorria majoritariamente nas Forças Armadas, tinham preparo e amor pelo Brasil. Sabiam que defender a Pátria ia muito além da guarnição das fronteiras; exigia capacitação técnica e produção industrial. A recente pandemia do Covid 19 demonstrou objetivamente o fracasso de trinta anos de governos neoliberais, orientados pelos interesses das finanças ao invés do desenvolvimento econômico e social do Brasil.
E a Petrobrás, com o esforço de gerações, ao atingir as autossuficiências passa a sofrer desmembramentos, alienações de ativos, restrição de mercado, a demolição do patrimônio nacional.
Dos nomes oferecidos para conduzir a empresa, a maioria absoluta, quer pelas ações já empreendidas quer pelos vínculos externos e ações sobejamente conhecidas, tem conflito de interesse com a Petrobrás.
Demonstramos.
Roberto da Cunha Castello Branco - Presidente da Petrobrás. Pouco entende da indústria de petróleo. Ligado ao mercado de capitais e a bancos. Age exclusivamente preocupado com acionistas, com os mercados e com a privatização da Petrobrás, por partes. Há evidente conflito de interesses. Não tem projeto de fortalecimento, expansão ou ampliação das atividades da empresa, nem mesmo de sua manutenção.
João Cox – Executivo do setor privado com atuação em Finanças, Telecomunicações, Imóveis e no setor Petroquímico (+20 anos de experiência como M&A, CFO e investidor no setor plástico). Está sendo também indicado para vice-presidente do Conselho de Administração da Braskem e para continuar no Conselho da Petrobrás. A Braskem absorveu grande parte da Petroquímica da Petrobrás e é sua cliente na compra de matérias primas e insumos.
Maria Cláudia Mello Guimarães - Diretora Executiva no Bank of America Merrill Lynch, ING Bank e BankBoston, liderando setores de Óleo & Gás, Mineração, Siderurgia e Energia. Atuou como Conselheira da Constellation Oil Services em Luxemburgo. Hoje é Sócia da KPC Consultoria Financeira focada em gestão patrimonial, que tem interesses e relações comerciais, diretas ou indiretas, com a Petrobrás.
Omar Carneiro da Cunha Sobrinho - Não apenas são evidentes os conflitos de interesses, mas no caso deste senhor chega a ser um escárnio. Era considerado, quando na ativa na Shell, o inimigo número 1 da Petrobrás. Esta companhia tentou de todas as maneiras possíveis obstar o acordo Brasil-Bolívia do início dos anos 1990 para comercialização de gás, necessário à indústria do sudeste brasileiro. Quando na direção da Shell, liberou na revista da empresa, matéria extremamente agressiva à Petrobrás, atribuindo-lhe ineficácia, ineficiência e incapacidade para se situar bem no setor petróleo e gás. Tal foi o disparate, que o presidente da Petrobrás, Joel Rennó, escreveu ofício de protesto ao CEO mundial da Shell e suspendeu todas as negociações em curso com a multinacional no campo do desenvolvimento em tecnologias para águas profundas.
Ruy Flaks Schneider - Profissionalmente formado no Banco Brascan de Investimento S.A., onde atuou como gerente de análise financeira, gerente e diretor de Marketing, Vice Presidente de investimentos e Vice Presidente de Mercado de Capitais, seguindo no Banco de Montreal S.A.- MontrealBank. Sua experiência, como se vê, é na comercialização de títulos financeiros. Mas tem em seu currículo a atuação em consultoria e fusões & aquisições na Schneider & Cia. Consultoria, Empreendimentos e Participações. Ou seja, pode ser útil para vender a Petrobrás, pois é sua expertise.
Walter Mendes de Oliveira Filho - Sócio gestor da Cultinvest Asset Management e Diretor Executivo do Comitê de Aquisições e Fusões. Mais um especialista em alienação de ativos.
Aprovando esta equipe o Governo mostrará seu compromisso com as finanças estrangeiras e desinteresse no progresso do Brasil e da Petrobrás.
Direção da AEPET
Comentários
Neste período foram construídas as seguintes refinarias; REGAP-MG 1968, REPLAN-SP 1972, REPAR-PR 1978, REVAP-SP 1980, se juntadas as RPBC-SP 1955, REDUC-RJ-1961,e adquiridas e incorporadas a RECAP-SP e a REMAN-AM em 1970, além de inumeráveis plataformas de exploração marítima, sendo a primeira lançada em operação em 1968, o mesmo ano em que foi criado o CENPES-Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, em 1974 foi descoberta a bacia de Campos, e em 1985 o campo de Marlin, e sempre foi superavitária, e constituíram também a e Petrobras Distribuidora em 1971 e a Petroquisa em 1967, além de incrementar o uso automobilístico do Etanol.
No final do governo de Figueiredo ele soltou uma frase ressentido e melancólico; ”Vocês ainda vão sentir saudades de mim”
O ladrão apenas abre caminho para o inimigo, não tem diferença nenhuma, todos trabalham contra.
A assessoria jurídica da AEPET tem alguma opinião sobre a aplicação dos Arts. 16 e 17 da Lei 13.303, que tratam sobre os requisitos para indicação dos Conselheiros e Diretores de empresa pública e de sociedade de economia mista?
Não seria possível impetrar um processo judicial para anulação das indicações contrárias a estes artigos (talvez uma Ação Popular ou Ação Civil Pública com liminar)?
Agora vão colocar uma FDP egressa desse tamborete pra administrar a nossa PETROBRAS!
Isso é uma grande putaria.
Nunca houve consultoria para privatização da Petrobras, muito menos gratuita (palhaçada sua isso, é?), nem qualquer projeto de lei ou PEC necessários a essa privatização. E se houvesse, nem tanto por honestidade dos congressistas, mas pelo valor emblemático da Petrobras à população, isso JAMAIS seria aprovado.
E, ainda mais nos tempos do Collor, não havia a bobagem esquerdista a que chamam hoje de "privatização branca" (aquela que considera crime venda forçada de ativos pelo preço ou por legislação mas desconsidera as aquisições monstruosas feitas pela empresa), certamente não houve essa ideia, essa consultoria, essa bobagem.
Portanto, qual a idoneidade moral da AEPET em criticar essa posição do Omar?
Repito: não entro no mérito, principalmente porque o Molusco que, além de aceitar covardemente a nacionalização do setor de gás da Bolívia, ainda foi lamber as botas do Moralez (esperou 2 horas para ser atendido) renegociando PARA CIMA (triplicou) o preço do gás antes que a Bolívia terminasse o pagamento da parte dela na construção do gasoduto.
Grande "estadista" esse ladrão, não?
Você percebeu que está reclamando desse Omar (não conheço) NO SITE DA AEPET, QUE TAMBÉM FOI CONTRA O GASODUTO?
Não seria interessante você analisar essa sua incoerência, Nascimento?
E também declarar se, à época da construção, VOCÊ foi favorável ou foi contra também.
Ah, ... foi contra, né?
Isso não quer dizer nada!!!
Tinha Renato Duque, Barusco e muitos outros funcionários de carreira como Conselheiris e arrasaram nossa Empresa!!!!
Ainda mais porque, assim como a AEPET, muito provavelmente o Pedro Pinho também foi contra a Gasoduto Bolívia-Brasil.
Assim como houve ladrões descarados no Conselho e na Presidência da Petrobras, sempre há desonestos intelectuais criticando a tudo e a todos, mesmo aqueles que concordavam consigo mesmo tempos atrás.
A do Pedro Pinho foi agressão gratuita ao José Marcos e também ao Omar Carneiro, com quem ele, muito provavelmente, assim como a AEPET (essa certamente) concordou à época da construção do gasoduto.
Assine o RSS dos comentários