Enquanto suas refinarias sofrem com a ociosidade provocada por uma política de preço de combustíveis que tem como referência o preço de importação (PPI – Política de Paridade Internacional) e entrega o mercado da Petrobrás para as concorrentes, o Brasil segue mantendo recordes na produção de petróleo.
Em janeiro de 2020, pela primeira vez, a produção de petróleo e gás natural no país ultrapassou 4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), totalizando 4,041 milhões de boe/d. O mês registrou recorde de produção tanto de petróleo – 3,168 milhões de barris por dia (bbl/d) – quanto de gás natural – 138,753 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d).
A produção de petróleo representou um aumento de 1,99% com relação a dezembro de 2019 e de 20,43% com relação a janeiro do ano passado. Já a de gás natural foi 0,71% maior que no mês anterior e 22,58% maior do que no mesmo mês de 2019.
A produção no Pré-Sal foi de 2,682 milhões de boe/d, representando 66,37% de toda a produção nacional. Nessa região, foram produzidos 2,150 milhões de bbl/d de petróleo e 84,572 milhões de m³/d de gás.
O maior produtor em janeiro foi o campo de Lula, com 1,052 milhão de bbl/d de petróleo e 44,096 milhões de m³/d de gás.
Há que se destacar, no entanto, que com as vendas de ativos e “parcerias”, a Petrobras perde uma fatia crescente desta produção, que é exportada sem o menor compromisso com o mercado interno. Postura, por sua vez, defendida e adotada pela gestão da estatal.
Está mais do que claro que a política do governo federal e da direção da Petrobrás é a de reduzir a empresa a uma produtora e exportadora de óleo cru, visando atender os interesses dos grandes capitalistas do petróleo, às custas do empobrecimento da população. É inadmissível produzir tal quantidade de petróleo, contarmos com um parque de refino completo e nos submetermos a uma política de preços de combustíveis que considera os preços internacionais, soma a eles os gastos com fretes do exterior para o Brasil, os custos de internação dos produtos (gastos portuários e alfandegários), o custo de seguro para precaver variações de cambio e preços e, no final, atribui uma margem de lucro.
A Petrobrás age desnecessariamente como se fosse uma importadora e com isso beneficia especuladores nacionais e internacionais, concorrentes e traders internacionais, enquanto a população paga mais caro pelos combustíveis, mesmo que o petróleo jorre como água de nossas plataformas.
Fonte: Sindipetro RJ
Comentários
Lógica interessantíssima não? E o Brasil ficou próspero, com pujante crescimento econômico e com a sua população feliz e empregada. Viramos mestres em contar estórias da carochinha não?
Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Obrigado!
A Petrobras ainda não produz esse volume por dia. Mas é sim a Petrobras que está aumentando significativamente a produção do país, em especial nos campos em que os projetos foram descobertos e desenvolvido na gestão que você tenta negar. Hoje colhemos a safra semeada entre 2006 e 2010. Negar isso, é o mesmo que acreditar na terra plana.
Mantenha suas crenças, ideologias e vieses, mas não negue a realidade.
Mas é fato que as últimas plataformas, cerca de duas dezenas ou quase isso, que entraram em produção nos últimos cinco ou seis anos, foram planejadas em projetos assinados pelos gerentes e diretores ladrões.
Enxergar a realidade e ter opinião é diferente de acreditar em algo para não ter que enxergar a realidade.
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