A alta densidade energética do petróleo, que excede a de todas as outras fontes disponíveis, faz com que ele continue a ser uma mercadoria de enorme valor estratégico. E o pré-sal interessa, sim, ao capital monopolista, controlado pelas oligarquias financeiras, bem como as demais reservas distribuídas desigualmente pelo mundo. A conclusão é da palestra “Uma estratégia para o Brasil, um plano para a Petrobrás", proferida pelo presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), Felipe Coutinho, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, na terça-feira 8.
Coutinho mostrou o quanto é tênue a linha que separa o valor “real” do barril do petróleo dos interesses daqueles que, em detrimento da renda ou emprego dos trabalhadores e da estabilidade sócio-política dos países periféricos, precisam garantir acesso a recursos naturais estratégicos ao menor preço possível.
“Até aqui as alternativas aos combustíveis fósseis não passaram de modismos e o fraturamento hidráulico para a produção xisto tem evidentes obstáculos econômicos e ambientais, tanto que está proibido no estado de Nova York, nos Estados Unidos, além de vários países europeus”, disse Coutinho. De outra parte, diz ele, novos desenvolvimentos em “áreas de fronteira” são decepcionantes e muito aquém das esperanças levantadas de cinco a dez anos atrás.
Por seu turno, os custos de exploração e produção subiram significativamente neste século e, apesar de os investimentos terem dobrado entre 2000 e 2013, o resultado predominante foi apenas a manutenção da produção em compensação aos campos em declínio. “Esses custos tendem a continuar crescendo”, observou.
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