Diante de uma suposta falta de caixa das distribuidoras de energia, que seria da ordem de R$ 1,3 bilhão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou para o dia 31 de julho a liquidação de contratos de maio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Isto se deve, segundo o jornal Brasil Econômico, “à grave situação financeira das distribuidoras”. Há preocupação de que qualquer apoio público às distribuidoras tenha repercussão negativa nas eleições de outubro próximo. 

No entanto, em artigo publicado no jornal paranaense Gazeta do Povo, intitulado “A Copa que perdemos”, o engenheiro Roberto Pereira D’Araujo, diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (ILUMINA) mostra que a crise do setor é mais forte na geração, e não na distribuição. E avisa que após a Copa e eleições o consumidor irá amargar um aumento na conta de luz, para compensar um rombo de R$ 60 bilhões.

Nesse contexto, “quem mais perdeu foi a Eletrobrás, que em 2012 que teve de arcar com uma despesa extra que equivale a quatro usinas como as do rio Madeira”, contabiliza, defendendo que “ou se examina todo o sistema ou estaremos fora dessa copa”.

O jornal O Globo também produziu matéria, intitulada "No fim, um preço alto" apontando para um aumento de até 17% nas tarifas, algo que, igual ao preço dos combustíveis, acabará tendo impacto maior na inflação do que se não tivessem sido represados pelo governo.