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Guilherme Estrella responde à Veja

Data: 25/04/2014 

Por causa de um problema no link a resposta do Diretor da Petrobrás, Guilherme Estrella, foi editada erradamente e por isso iremos repeti-la

O geólogo Guilherme Estrella, com 41 anos dedicados à Petrobrás, entrou com pedido de notificação judicial, pedindo direito de resposta à revista Veja. Como estas ações costumam demorar para surtir efeito e, diante da gravidade das acusações, a AEPET publica em seus veículos oficiais o teor da resposta de Estrella.




Resposta às matérias “Especial” (pp. 64-65 da Edição de 02 de Abril de 2014) e “Ação entre amigos” (p. 65 da Edição de 09 de Abril de 2014), ambas da Revista “Veja”.



Na edição de 02 de Abril de 2014, na p. 65, a Revista Veja afirmou o seguinte: “Internamente a Petrobras investiga o diretor José Antônio de Figueiredo e seu antecessor, Guilherme Estrella, suspeitos de receber propina paga por uma fornecedora holandesa da Petrobras”.


A afirmação é inverídica. 


Isso porque, no procedimento instaurado pela Petrobras, nunca figurei na qualidade de suspeito, investigado ou posição semelhante. Aliás, uma das funções de procedimento como esse é justamente o de buscar individualizar condutas ilegais, uma vez verificados indícios de que elas existiram. 


Prova disso é que, já no dia 31.03.2014, a Petrobras anunciou a conclusão das investigações, que apontaram para a inexistência dos fatos que sustentaram a acusação. O Jornal o Globo, na edição de 01.04.2014 (p. 17), noticiou tal resultado. Ora, se o fato objeto da denúncia sequer foi constatado como verdadeiro, não há que se falar em identificação de sua autoria.


Quanto à matéria da p. 63 da Edição de 09 de Abril de 2014, fui apontado como partícipe de um fantasioso esquema, que mais parece roteiro cinematográfico. O esquema teria sido montado para quitar um empréstimo contraído junto ao banco Schain para pagamento de suposta quantia a pessoa que estaria chantageando a cúpula do governo Lula, por meio de superfaturamento de um contrato que a Petrobras firmaria com uma empresa do mesmo grupo do banco. Ainda segundo a matéria, tal informação teria sido dada “em depoimento prestado à Procuradoria da República pelo mensaleiro Marcos Valério”.


A matéria diz, ainda, que o esquema teria sido armado diretamente por mim com um “pecuarista” de nome José Carlos Bumlai.


Mais uma vez, trata-se de afirmação inverídica e irresponsável.


Inverídica porque sequer conheço o referido “pecuarista”, nunca tendo travado qualquer tipo de contato com ele.


Irresponsável porque a vaga fonte da informação é o um “depoimento” do “mensaleiro Marcos Valério”, criminoso condenado a quase 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Além da falta de credibilidade da fonte, a Revista omite em que oportunidade tal depoimento teria sido prestado. Se o foi no âmbito da investigação referente à AP 470, a omissão certamente se deu para evitar descreditar ainda mais a fonte, que sabidamente tentou, de maneira infrutífera, inventar denúncias falsas a fim de obter o benefício da delação premiada.


De todo modo, nunca fui intimado pelo Ministério Público nem soube desse suposto depoimento por qualquer outro meio, tudo levando a crer que, se ele de fato existiu, foi sumariamente desconsiderado pela Procuradoria-Geral da República por absoluta falta de indícios ou mesmo de verossimilhança.


Tenho 72 anos de idade, 50 anos de formado como geólogo pela UFRJ e 41 anos de carreira na Petrobras, durante a qual construí sólida reputação ética e profissional, nunca tendo sido alvo de qualquer denúncia. O mínimo que se espera de um veículo de comunicação que, em poucas linhas, pretende destruí-la, é que cumpra o dever constitucional de publicar esta resposta, com o mesmo destaque das matérias nela referidas.


Rio de Janeiro, 08 de Abril de 2014.


Guilherme Estrella


 

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